Polícia para enfrentar a crise?

Democracia Direta
1 min readJun 15, 2021

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As forças militares são essenciais para a manutenção do Estado, são instituições burocráticas e hierarquizadas, capazes de defender os interesses das elites que dominam essa máquina e fazem política a seu dispor. A força legitima o Estado, através da ideia de que uma nação só pode desenvolver-se política, econômica, socialmente por ela, por sua capacidade de eliminar todos aqueles que ferem à ordem.

Eles estão no poder. Eles são um partido, eles têm autonomia; apesar de divergirem entre si; eles não são nós, civis. Nem se parecem com a gente. São os homens de cima — no país que viveu anos de ditaduras — pautando seus interesses e reafirmando a tradição conservadora — de moral cristã, capitalista. A mesma instituição que se tornou funcional na social democracia e continuou fazendo parte de sua política de extermínio e repressão aos povos minoritários e suas reivindicações.

Polícia para frear a disseminação de um vírus? Polícia na favela para brecar o baile? Enquanto isso, o trabalhador segue sem freio porque o “auxílio” do Estado não paga o gás e a cesta básica que ele aumentou, as unidades de saúde sempre estiveram lotadas e o fluxo do transporte público bate fácil o fluxo do bailão. Polícia para brecar vidas, vidas que não importam para os de cima. Ciência para administrar e enfrentar a crise, não militarização legalista. Mas enquanto isso, o golpe militar talvez não seja tão interessante para quem já golpeou o poder.

Para os debaixo: vacina e vida (digna)!

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